O PROFESSOR EDUCADOR

A sociedade moderna exige do Professor hoje, uma série de tarefas cuja complexidade e amplitude o transformam necessariamente em Educador.
Não podemos conceber, na sociedade atual, o Professor como simples transmissor de conhecimentos e o aluno como “tabula rasa” onde são depositados os conteúdos, por vezes sem qualquer significado contextual, como refere-se Paulo Freire em “Educação Bancária versus Educação Libertadora”. O perfil do Educador moderno requer como essenciais competência técnica e compromisso político. Como competência técnica destaca-se a implícita capacidade de transmitir os conhecimentos construídos e sistematizados pela humanidade através dos séculos e o dever subjetivo de transmiti-lo às novas gerações. O Educador não pode negar ao aluno a compreensão das condições culturais, históricas e sociais da produção do conhecimento. O compromisso político obriga o Educador a refletir com os alunos sobre suas responsabilidades individuais e coletivas relacionadas com seu bem-estar e desenvolvimento pessoal, bem como no fato de assumir compromissos para a melhoria de qualidade de vida da comunidade em que vive e se relaciona. Cabe portanto ao Educador, levar o aluno a pensar, a contextualizar, a analisar comparativamente, a quebrar preconceitos e buscar soluções gradativas para problemas que afetam a sua comunidade e com base nos conhecimentos adquiridos, construir novos conhecimentos e a pô-los em prática com ética e responsabilidade no seu convívio social e cultural, numa sociedade de direitos e deveres. É tarefa intrínseca do Educador incentivar e oferecer espaços para o desenvolvimento do Protagonismo Juvenil e a valorização do surgimento de lideranças positivas que levem à concretização de uma sociedade igualitária, justa e humana.
O Professor Educador é aquele que transforma o aluno em cidadão e no ato de ensinar concretiza a corporeificação das palavras pelo exemplo.
Militino Roza - Supervisor de Ensino